O predomínio, em Portugal, de empresas de micro, pequena
e média dimensão no tecido produtivo é uma realidade
conhecida e presente nos discursos políticos que têm
marcado a actualidade, sobretudo num contexto de crise
económica e de aumento de desemprego. Quando se analisa
o número de empresas, em cada país, segundo o número de
empregados, verifica-se que a preponderância de empresas
de micro dimensão (que empregam menos de 10
trabalhadores) é uma realidade em todos os países em
análise. Apenas a Islândia, a Coreia e o Japão têm um
número de micro empresas inferior a 50% no total de
empresas do país. Com um quadro empresarial próximo do
húngaro e do italiano, em Portugal cerca de 94% das
empresas são microempresas, 3% são empresas com 10 a 19
trabalhadores, 2% empresas com 20 a 49 trabalhadores, e
apenas 1% de empresas corresponde à categoria de média
empresa, com um número de trabalhadores entre os 50 e os
249. Segundo estes dados da OCDE, correspondentes a
2006, o número de grandes empresas em Portugal era
inferior a 1%.
ver
Figura 1:
Empresas, segundo a dimensão, 2006
[Fonte: OCDE, 2009]
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