A imagem dos empreendedores enquanto criadores de
emprego aparece como a imagem mais comum entre os países
pertencentes à UE15 e em Portugal.
Com igual concordância aparece a afirmação – o
empreendedorismo representa uma base para a criação de
riqueza. Em Portugal, a percentagem de indivíduos que
declararam concordar com esta afirmação foi de 84%.
No domínio das representações e atitudes, pode
encontrar-se avaliações diversificadas, e por vezes de
sentido contrário, em relação à imagem dos
empreendedores. Embora o número de indivíduos que
concordaram com afirmações de cariz mais negativo sobre
os empreendedores seja inferior, não deixa de ser
interessante atentar às diferenças encontradas.
Analisando o caso de Portugal, verifica-se que as três
principais representações associadas aos empreendedores
(ou seja, as afirmações que obtiveram um maior número de
respostas “concordo”) oscilam entre uma imagem bastante
positiva – os empreendedores são criadores de emprego,
com 89% de respostas “concordo”, seguida da afirmação o
empreendedorismo constitui um pilar para a criação de
riqueza, com 84% de respostas “concordo” – e uma imagem
menos positiva – os empreendedores exploram o trabalho
dos outros, que reuniu 52 % de respostas de
concordância. Pode constatar-se que a imagem dos
empreendedores entre os portugueses é, à luz destes
resultados, de certa forma ambivalente.
ver Figura 8:
A imagem dos empreendedores (% de respostas “concordo”)
[Fonte: Eurobarometer Flash EB Series n. º 192 –
Entrepreneurship Survey of the EU (25 Members States),
United States, Iceland and Norway, 2007]
A ausência de recursos financeiros disponíveis e
procedimentos administrativos complexos são referidas
como as principais dificuldades associadas à criação de
um projecto empresarial, quer nos países pertencentes à
UE dos 15, quer em Portugal.
Quando comparados os dados da UE15 e Portugal pode ainda
verificar-se que enquanto a dificuldade de acesso a
informação de apoio à criação de um projecto empresarial
foi referida por 46% dos inquiridos da UE15, em Portugal
essa dificuldade reuniu a concordância de 68% dos
inquiridos, ou seja, um valor percentual relativamente
superior.
Pode ainda acrescentar-se à análise que os níveis de
tolerância dos portugueses face ao risco revelam-se
inferiores aos da média da UE: a possibilidade de a
criação de um negócio se traduzir em um investimento mal
sucedido é percepcionada como um importante
constrangimento para 66% dos portugueses inquiridos,
comparativamente com o score médio de 47% apurado
para os 15 Estados-membros da UE.
ver Figura 9:
Avaliação das principais dificuldades associadas à
criação de um projecto empresarial: UE 15 (2004 – 2008)
(% de respostas “concordo plenamente” mais “concordo”)
[Fonte: Eurobarometer Flash EB Series n. º 192 –
Entrepreneurship Survey of the EU (25 Members States),
United States, Iceland and Norway, 2007]
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