Projecto GEQ

CIES-ISCTE, IUL

Edifício ISCTE,
Av. das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa

tel:
+351 210464018

fax:
+351 217940074

e-mail: geq.cies@iscte.pt
Empreendedorismo em Portugal image

 

A imagem dos empreendedores enquanto criadores de emprego aparece como a imagem mais comum entre os países pertencentes à UE15 e em Portugal. 

Com igual concordância aparece a afirmação – o empreendedorismo representa uma base para a criação de riqueza. Em Portugal, a percentagem de indivíduos que declararam concordar com esta afirmação foi de 84%.

No domínio das representações e atitudes, pode encontrar-se avaliações diversificadas, e por vezes de sentido contrário, em relação à imagem dos empreendedores. Embora o número de indivíduos que concordaram com afirmações de cariz mais negativo sobre os empreendedores seja inferior, não deixa de ser interessante atentar às diferenças encontradas. Analisando o caso de Portugal, verifica-se que as três principais representações associadas aos empreendedores (ou seja, as afirmações que obtiveram um maior número de respostas “concordo”) oscilam entre uma imagem bastante positiva – os empreendedores são criadores de emprego, com 89% de respostas “concordo”, seguida da afirmação o empreendedorismo constitui um pilar para a criação de riqueza, com 84% de respostas “concordo” – e uma imagem menos positiva – os empreendedores exploram o trabalho dos outros, que reuniu 52 % de respostas de concordância. Pode constatar-se que a imagem dos empreendedores entre os portugueses é, à luz destes resultados, de certa forma ambivalente.

ver Figura 8: A imagem dos empreendedores (% de respostas “concordo”)
[Fonte: Eurobarometer Flash EB Series n. º 192 – Entrepreneurship Survey of the EU (25 Members States), United States, Iceland and Norway, 2007]

A ausência de recursos financeiros disponíveis e procedimentos administrativos complexos são referidas como as principais dificuldades associadas à criação de um projecto empresarial, quer nos países pertencentes à UE dos 15, quer em Portugal.

Quando comparados os dados da UE15 e Portugal pode ainda verificar-se que enquanto a dificuldade de acesso a informação de apoio à criação de um projecto empresarial foi referida por 46% dos inquiridos da UE15, em Portugal essa dificuldade reuniu a concordância de 68% dos inquiridos, ou seja, um valor percentual relativamente superior.

Pode ainda acrescentar-se à análise que os níveis de tolerância dos portugueses face ao risco revelam-se inferiores aos da média da UE: a possibilidade de a criação de um negócio se traduzir em um investimento mal sucedido é percepcionada como um importante constrangimento para 66% dos portugueses inquiridos, comparativamente com o score médio de 47% apurado para os 15 Estados-membros da UE.

 

ver Figura 9: Avaliação das principais dificuldades associadas à criação de um projecto empresarial: UE 15 (2004 – 2008) (% de respostas “concordo plenamente” mais “concordo”)
[Fonte: Eurobarometer Flash EB Series n. º 192 – Entrepreneurship Survey of the EU (25 Members States), United States, Iceland and Norway, 2007]

 

página 5